29 ago 2024
O Cinema Ideal, instalado no n.º 15 da Rua do Loreto, em Lisboa, comemora esta semana 10 anos de existência: reabriu, rebatizado, ao final da tarde do dia 28 de agosto de 2014, com a exibição da versão digital restaurada de A Desaparecida, de John Ford.
O ponto alto da programação que assinala esta efeméride será a estreia do documentário Verdade ou Consequência?, um filme de Sofia Marques com Luís Miguel Cintra, que contará com a presença de ambos em diversas sessões no primeiro fim de semana de estreia (31 de agosto e 1 de setembro).
Este ano, o Cinema Ideal iniciou a comemoração do seu 10.º aniversário a 22 de Agosto, com a ‘estreia’/reposição de dois clássicos dos anos 60/70 de uma realizadora inédita entre nós, mas uma das mais fulgurantes da história do cinema: a soviética (ucraniana) Kira Muratova e os seus hoje míticos Breves Encontros e O Longo Adeus. Hoje, dia 29, será exibido o último e nunca estreado filme de Abbas Kiarostami, 24 Frames.
A programação completa pode ser consultada aqui.
Aposta na Cultura
A reabertura do Cinema Ideal, em agosto de 2014, só foi possível após as obras de reabilitação do prédio de rendimento da Casa da Imprensa na Rua do Loreto e da requalificação da sede associativa e do posto clínico, na Rua da Horta Seca, em Lisboa.
Esta aposta no cinema honra a história da Casa da Imprensa e a sua muito antiga ligação à sétima arte. Este é o cinema mais antigo de Lisboa, com atividade permanente deste 1904, tendo sido a primeira sala construída de raiz para exibição cinematográfica, num prédio que é propriedade da Casa da Imprensa há mais de um século.
Aliás, foi a Casa da Imprensa a organizadora dos primeiros festivais de cinema realizados em Portugal, nos anos 60, a que se seguiram várias edições de ciclos de cinema, bem como o lançamento dos Prémios da Imprensa, iniciados em 1962 e que se prolongaram até aos anos 90, distinguindo múltiplas modalidades artísticas e culturais – incluindo o cinema.
A parceria com a Midas, de Pedro Borges, foi uma escolha feita para garantir aquilo que a realidade tem vindo a demonstrar nestes dez anos: uma programação de qualidade, com uma forte aposta no cinema independente, e muito especialmente, no cinema europeu e no cinema português.
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