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A exposição Monochrome 50, de Fernando Negreira e curadoria de Paulo Alexandrino e Paulo Petronilho, é inaugurada esta quarta-feira, dia 17, na sede da Casa da Imprensa, em Lisboa.

Segundo Fernando Nogueira, "esta exposição é, no fundo, uma desculpa para celebrar 50 anos dedicados ao fotojornalismo e, sobretudo, reunir amigos e companheiros das muitas redações onde partilhei tantas horas e histórias." 

O autor recorda: "tudo começou em 1975, numa ida a Trás-os-Montes para cumprir o Serviço Cívico Estudantil, integrado nas Campanhas de Dinamização Cultural do MFA. Foi aí que, em conjunto com uma equipa de filmagem, fiz a minha primeira reportagem fotográfica. O trabalho deu origem a uma exposição na Associação Académica de Coimbra e, mais tarde, a uma mostra colectiva no Palácio Foz, em Lisboa. A partir daí seguiram-se  colaborações com vários jornais e revistas, que se prolongaram até 2024."

"Não se trata de uma retrospectiva de vida, "explica Fernando Nogueira, "mas antes de um apontamento pessoal: imagens captadas entre 1975 e 1980, uma espécie de diário paralelo ao trabalho quotidiano nos jornais. São fotografias feitas nos intervalos dos trabalhos encomendados pela redação, quando podia perseguir temas que sempre me fascinaram (e alguns ainda hoje procuro): o ambiente de rua lisboeta, as profissões em desaparecimento, os homens de chapéu, os carros com capota de lona… e outros que aqui não couberam."

"Aos da minha geração, espero despertar alguma nostalgia desses tempos; aos mais novos, talvez a surpresa de ver como a vida mudou nestes 50 anos", conclui.

A exposição é inaugurada às 18h00 do dia 17 de setembro, no número 20 da Rua da Horta Seca, em Lisboa. Estará patente até 14 de novembro, de segunda a sexta (exceto feriados) entre as 10h00 e as 18h00. A entrada é livre.

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