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O jornalista João Gomes, antigo presidente da Direção da Casa da Imprensa, morreu aos 86 anos, esta terça-feira, 24 de março, em Lisboa.

João Joaquim Gomes, associado da Casa da Imprensa desde 1963, foi presidente da Direção entre 1970 e 1972, presidiu à Assembleia Geral em 1973 e integrou o Conselho Geral da associação mutualista dos jornalistas de 2009 a 2014.

Nascido em Lisboa, a 30 de junho de 1934, desempenhou funções relevantes em diversos órgãos de comunicação social e manteve intensa atividade política e em instituições de caráter social.

Foi jornalista na revista Flama, no Diário de Lisboa e no República, entre outros títulos da imprensa portuguesa, e diretor do Diário de Notícias, em 1976, e do Portugal Hoje, em 1979.

Antes da Revolução do 25 de Abril de 1974 teve intensa atividade política. Participou na Revolta da Sé, em 1959, pelo que esteve preso nas cadeias do Aljube e de Caxias, e foi preso pela PIDE uma segunda vez, em 1967, depois de a polícia política ter invadido as instalações da PRAGMA – Cooperativa de Difusão Cultural e Ação Comunitária, uma associação de inspiração católica. Foi presidente diocesano da Juventude Operária Católica e presidente nacional da JOC.

Após o 25 de Abril, João Gomes foi presidente da Junta Central das Casas dos Pescadores, um organismo corporativo que durante o seu mandato foi extinto para dar lugar à Caixa de Previdência e Abono de Família dos Profissionais de Pesca. Entre 1983 e 1986 foi provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

Fundador do Partido Socialista, em abril de 1973, foi deputado à Assembleia Constituinte em 1975 e novamente eleito por Lisboa nas legislaturas seguintes, até 1985.

Neste período, em 1978, desempenhou as funções de secretário de Estado da Comunicação Social no II Governo Constitucional, chefiado por Mário Soares.

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